Mostra traz a luta da mulher no futebol e a história da Copa feminina

Mais Lidas

Morre aos 62 anos o empresário Anízio Gardingo, de Matipó

Morreu nesta sexta-feira (12), o empresário Francisco Anízio Gardingo, aos 62 anos. Ele era sócio do grupo familiar Gardingo, do ramo da indústria de...

Caminhoneiro famoso no instagram morreu em acidente entre Barbacena e Santos Dumont

Um jovem de 26 anos morreu em um grave acidente próximo à cidade Barbacena, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (16). Gabriel José da Rocha...

Zé Geraldo fará shows em cidades da Zona da Mata, veja a agenda

Nascido em Rodeiro, no pé da Serra da Onça, na Zona da Mata de Minas Gerais. Estas são as credenciais do cantor e compositor...

Sicoob Coopemata abre vagas de emprego em Barbacena, Cataguases, Juiz de Fora, Ubá e outras cidades

Dez vagas de emprego foram abertas pelo Sicoob Coopemata, Cooperativa de Crédito com unidades em cidades da Zona da Mata, Campo das Vertentes e...

A contagem regressiva para a estreia da seleção feminina de futebol na Copa do Mundo deste ano, na Austrália e na Nova Zelândia, chega a dois meses nesta quarta-feira (24). O maior evento da modalidade serve como inspiração para a exposição “Rainhas de Copas”, que é realizada no Museu do Futebol, em São Paulo, desde 28 de abril.

Mais do que contar a história das Copas femininas e da participação brasileira, a exposição apresenta a luta das mulheres por espaço no esporte mais popular do planeta. Ela parte de 1988, quando foi realizado um torneio experimental com 12 seleções na China, embrião do primeiro Mundial da Federação Internacional da modalidade (Fifa), quatro anos depois, no mesmo país.

Apesar de o evento-teste não ter sido televisionado, a mostra traz imagens raras de lances e gols do Brasil, além do acervo das próprias atletas e recortes do Jornal dos Sports, que teve a repórter Cláudia da Silva como única jornalista do país a cobrir a competição. No espaço destinado a 1988 há, inclusive, uma foto da sueca Pia Sundhage, então jogadora e, hoje, técnica da seleção brasileira.

“Quando a gente pesquisa sobre 1988, descobre a Cláudia e passa a fazer contato com aquelas jogadoras, pioneiras, criamos vínculos com elas. É dessa forma que resgatamos as histórias, procurando em acervos da hemeroteca para confirmar dados, trazendo fotos das próprias atletas, porque não existe cuidado nenhum com a memória do futebol de mulheres no nosso país”, destacou Juliana Cabral, ex-zagueira da seleção feminina do Brasil e uma das curadoras da exposição, ao lado de Aira Bonfim, Lu Castro e Silvana Goellner.

“Muito do que as pessoas vão percorrer [na mostra] é o que estava nas mãos daquelas rainhas que vivenciaram aquilo. É também uma homenagem a todas as mulheres que estiveram em campo por algum momento, mas, infelizmente, pela falta de estrutura e preconceito, não conseguiram se tornar rainhas”, completou a ex-atleta, que representou o Brasil nas Copas do Mundo de 1991 e 1995 e que conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004.

A exposição transita pelas Copas de 1991 a 2019, com a ficha técnica das partidas da seleção e registros marcantes, como a reconstituição do primeiro gol verde e amarelo em Mundiais (que não tem imagens) - de Elane sobre o Japão na edição inaugural do evento - ou o vídeo com o golaço de Marta contra os Estados Unidos na semifinal de 2007. Apresenta também diversas reivindicações de atletas durante a competição, a exemplo da foto das brasileiras segurando um cartaz com a mensagem “Brasil, precisamos de apoio”, justamente após o vice-campeonato de 16 anos atrás, melhor campanha do país.

“Tem muita gente falando sobre o futebol de mulheres no país que não conhece a história, que não sabe que a mulher foi proibida de jogar no país [devido a um decreto de 1941, que perdurou até 1979], que não sabe que as categorias de base [femininas] surgiram faz pouco tempo, depois da obrigatoriedade da Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol], em 2019 [exigindo que os clubes participantes dos torneios continentais tivessem equipes femininas profissionais e de formação]”, disse Juliana.

“Então, conhecer a história, as protagonistas, é extremamente importante para que as pessoas entendam o contexto atual. Quem vier à exposição conseguirá ver que nada nunca foi cedido à mulher. Ela sempre lutou muito para ocupar esse espaço, com muita bravura e qualidade”, completou a curadora e ex-atleta.

Na última sala da exposição, o visitante confere um painel interativo no qual pode conhecer a trajetória das jogadoras que já representaram o Brasil nas Copas do Mundo. Entre elas estão Marta, Cristiane, Formiga, Pretinha, Kátia Cilene, Sissi e a própria Juliana, que se tornaram as referências que elas próprias não tiveram na carreira. Há, ainda, uma réplica do troféu do Mundial, que a seleção brasileira tentará conquistar pela primeira vez.

“Acho que temos bons nomes [na atual seleção], uma base que, talvez, não brilhe nesta Copa, mas é um futuro muito promissor. Quem já está atuando e nunca disputou uma Copa, tenho certeza de que, por tudo que vem fazendo pela seleção, fará um grande Mundial. E a gente quer isso: colocar cada vez mais nomes das rainhas que puderam pisar em campo, defender a seleção, e que a luta continue para a mulher estar sempre dentro de campo”, concluiu Juliana.

O ingresso para visitar a exposição “Rainha de Copas” custa R$ 20,00 (meia R$ 10,00), sendo que crianças até sete anos não pagam. O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, no Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu). A mostra vai até 27 de agosto e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (horário de Brasília), com entrada até 17h.

Notícias Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimas Notícias

Aposta simples e bolão dividem prêmio de R$ 4,2 milhões da Lotofácil desta segunda

Duas apostas acertaram as 15 dezenas do concurso 2824 da Lotofácil, sorteado na noite desta segunda-feira (29), em São Paulo. Como não houve ganhador...

Três apostadores da Bahia foram premiados na Mega-Sena deste sábado

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2596 da Mega-Sena, sorteado na noite deste sábado (27), em São Paulo. O prêmio estava estimado em...

Apostadores do Rio de Janeiro e São Paulo dividem prêmio principal da Lotofácil desta sexta

Duas apostas acertaram as seis dezenas do concurso 2822 da Lotofácil, sorteado na noite desta sexta-feira (26), em São Paulo. O prêmio principal desta...

Duas apostas dividem prêmio principal da Lotofácil desta quinta

Duas apostas acertaram as 15 dezenas do concurso 2821 da Lotofácil, sorteado na noite desta quinta-feira (25), em São Paulo. O prêmio principal desta...

Consumidores de Salvador, Caetité, Vitória da Conquista e outros municípios foram premiados no Nota Premiada Bahia de maio

O resultado do sorteio de maio da Nota Premiada Bahia saiu nesta quinta-feira (25), contemplando 91 participantes residentes em 22 municípios do estado. O...